A celulose é um dos principais produtos exportados no Porto de Paranaguá, sendo a ROCHA o maior operador portuário para embarque deste produto.
Para que esta carga possa ser embarcada e enviada para outros países, existe uma operação logística complexa para sua movimentação. É sobre esse processo que vamos falar no artigo de hoje.
Quer conhecer todos os detalhes e cuidados necessários na movimentação de celulose no Porto de Paranaguá?
Então confira a entrevista com José de Oliveira Costa Junior, Especialista em Operações Portuárias, e Allan Reis, Supervisor de Operações Portuárias Sênior, na qual contam sobre as principais características desse tipo de operação!
Descubra como ocorrem as operações com celulose na Rocha
Existe algum cuidado especial na movimentação de celulose?
A celulose é um tipo de carga que pode ser movimentada em fardos ou em forma de bobinas. Ambos os tipos exportados pelo nosso porto são produzidos pela Klabin, empresa cliente da Rocha.
Assim, como todas as outras cargas que movimentamos, dedicamos extremo cuidado para movimentar a celulose, principalmente no que se refere às condições climáticas, pois a umidade compromete a qualidade do produto. Sendo assim, há a necessidade de protegê-la com lonas ao transportá-las do Terminal da Klabin até o navio, no Porto de Paranaguá.
Além da proteção contra o clima adverso, existem alguns outros cuidados com o transporte, como por exemplo, a atenção com a capacidade de carga dos caminhões, que não pode exceder 38 toneladas por veículo.
Qual o local ideal para o armazenamento da celulose no terminal?
A carga é depositada em armazém preparado para a movimentação deste produto, que deve ser protegido contra umidade e deve atender a normas de segurança específicas. Além disso, os armazéns devem ser dotados de hidrantes e seguem plano prévio para sua movimentação.
Assim que os produtos chegam de trem, eles são retirados dos vagões e colocados no armazém da empresa, com a utilização de empilhadeiras. Eles também são devidamente catalogados e controlados para inserção no sistema de estoque do terminal, sendo separados por lotes prontos para o embarque.
No processo de embarque para o navio, os responsáveis pela operação do armazém carregam os caminhões com o auxílio de empilhadeiras dotadas de equipamentos especiais para celulose. Assim que os caminhões são carregados e catalogados, eles se dirigem para o Porto.
Em uma operação normal de embarque, são utilizados cerca de 60 caminhões para o transporte, em um modelo conhecido como “carrossel”.
Para que esse processo aconteça de forma eficiente e produtiva, a Rocha realiza o plano de carga do navio, organizando os documentos, planejando a coordenação do carregamento em caminhões e definindo os padrões operacionais, sempre observando os mais rigorosos padrões de segurança.
Então, quando os caminhões chegam na área portuária, a Rocha organiza toda a operação logística de carregamento no navio. Entre as principais operações, estão a ordenação das filas de caminhões por porão a ser embarcado, o controle da cargas, o acompanhamento do engate dos fardos nos equipamentos de guindar e a forma na qual a celulose será estivada (posicionada) dentro dos porões do navio.
Quais os equipamentos corretos para a movimentação desse material?
Os equipamentos utilizados nas operações de celulose são: plataformas (locais onde os trabalhadores se posicionam para engatar os fardos), spreaders (equipamentos necessários para movimentar os fardos junto aos guindastes), caminhões, empilhadeiras, guindastes do navio (que podem ser do tipo ponte rolante ou convencional) e/ou guindastes de terra tipo MHC, similares aos que usamos em nossas operações de descarga de granéis.
Nas movimentações de bobinas, por exemplo, utiliza-se o spreader com espigão, que confere maior segurança para a movimentação da carga.
Já em navios não especializados, se faz necessário por vezes a utilização de empilhadeiras dentro dos porões, utilizadas para a estivagem (acomodação) da carga na sua posição correta, definida pelo plano de embarque.
A fixação da carga dentro dos porões é necessária para garantir sua integridade e a segurança do navio na viagem. Esse processo é conhecido como “peação”, onde se utilizam bags infláveis que preenchem os espaços vazios entre um fardo e outro. Estes bags, por sua vez, são inflados com a utilização de pistolas especiais de ar comprimido.
Quais as melhores medidas para preservar a qualidade da celulose?
Na ROCHA, um dos principais cuidados que temos é em relação à limpeza dos equipamentos, armazéns e caminhões utilizados nas nossas operações.
Garantimos a limpeza, manutenção e qualidade dos equipamentos, sejam eles próprios ou terceirizados. Desta forma, asseguramos que não haja nenhum elemento que possa afetar a integridade da carga. Por isso, realizamos rigorosas inspeções para evitar elementos contaminantes, como ferrugem, umidade, agentes químicos e detritos advindos de animais, que possam avariar as cargas.
Todo o nosso time operacional é orientado a tomar vários cuidados no manuseio da celulose. Nesta movimentação, é importante ressaltar a atividade dos trabalhadores dos sindicatos laborais que atuam no Porto de Paranaguá, pois toda a movimentação realizada em terra no engate das cargas é feita pelos arrumadores. A bordo, nos porões e nos guindastes, os estivadores realizam a estivagem das cargas. Já a conferência deste material é feita pelos conferentes, em terra.
Todos os profissionais realizam suas atividades utilizando EPI’s obrigatórios, tais como capacete, luvas, óculos de segurança e colete refletivo. Além disso, eles precisam sempre estar com sapatilhas descartáveis sobre os sapatos, para evitar marcas e sujeiras sobre a carga.
Qual o passo a passo da operação na Rocha? Qual o diferencial da empresa no manuseio desse tipo de carga?
Os navios são nomeados pela Klabin à Rocha em um documento onde são informados o nome da embarcação, data provável de chegada, quantidade a ser embarcada e o nome do agente do navio.
A partir desta nomeação, o time da Rocha começa os contatos com o agente do navio e com o representante do armador. Assim se inicia a preparação do plano de carga (prestow), enviado pelo armador e ratificado pelo time de operações.
O navio é programado na administração portuária, que determinada a sua data, hora e berço de atracação de acordo com a data prevista de chegada.
Após a definição da efetiva atracação do navio, o time da Rocha realiza uma série de etapas, tais como:
- requisita as equipes de necessárias para a operação;
- define, mediante o plano de carregamento, a sequência das cargas de acordo com seu tipo e destino;
- estabelece a quantidade necessária de caminhões para o transporte;
- acompanha toda a operação de forma ininterrupta até o seu final.
Dentro do Porto, a Rocha orienta a melhor forma operacional, objetivando sempre a eficiência produtiva e a segurança dos envolvidos no processo.
Assim sendo, nossos diferenciais são o planejamento e a mão de obra qualificada, tudo isso coordenado por uma equipe sólida e bem preparada. Focamos no aprimoramento de procedimentos e do pessoal, contando com colaboradores dedicados e com conhecimento da operação.
Gostou de conhecer os bastidores da nossa operação? Então acompanhe o nosso blog para mais conteúdos como este.
Para mais conteúdos como esse, acompanhe a ROCHA nas redes sociais: Facebook | Instagram | LinkedIn