Nosso Gerente de Recursos Humanos, Eugenio Anthero Silva, publicou um artigo em que fala sobre o propósito da organização e seus valores como maior diferencial na atração e retenção de talentos, bem como principal fator de sucesso para a longevidade de qualquer companhia. Relata também, como esta pandemia vem nos ensinar a aprimorar o modelo de gestão e interconexão entre as lideranças e seus times. Confira abaixo:
APRENDEMOS COM A CRISE! SÓ ASSIM?
Há alguns anos, não muitos, a discussão era sobre a falta de profissionais para atender a uma demanda grande nas empresas. Nesse período entrava no mercado de trabalho a geração Y, que levou parte da culpa pela alta rotatividade.
O perfil estereotipado era que não criavam vínculo; muito ansiosos, desejam crescimento acelerado, pouca “obediência”. Qualquer advertência, por mais simples, já se entendia como agressiva e o profissional pedia para sair. A liderança ficava muito preocupada sobre como entregar sua produtividade sem pessoas.
Aquilo me parecia somente uma desculpa, uma zona de conforto. Talvez pelo fato da liderança ser de outra geração, eles tinham uma crença de que já “não se existiam mais profissionais como eles”, pois os novos não “gostavam” tanto de trabalhar, de vestir a camisa.
Então propusemos discutir sobre o porquê de as gerações anteriores serem diferentes das atuais, se é que havia realmente tantas diferenças. O que fazia com que no passado houvesse uma certa disciplina e aparentemente comprometimento maior? Chegamos à conclusão de que as pessoas hoje talvez sejam mais diretas, mais autênticas e buscam algo a mais que um simples trabalho. Elas também passaram a eleger onde gostariam de trabalhar, ou seja, as empresas hoje escolhem seus candidatos e estes aceitam ou não. Passou-se a ter que conquistar o colaborador e, este, como havia mais oportunidades, tinha como escolher qual cultura estava conectada com a sua. O propósito da organização e seus valores passaram a ter muito sentido e ser um atrativo para quem buscava um local para trabalhar e o respeito foi um dos valores que mais se destacaram.
Essa mudança impactou também nos líderes, pois em todas as ondas de gestão, a liderança em todos os níveis, tem papel fundamental.
Crises nos fazem aprender, repensar algumas ações e temos que nos adaptar, nos reinventar. Principalmente no momento que estamos, pois todos fomos “pegos de surpresa”.
Na Rocha, a preocupação é com o presente e o futuro.
As ações para a preservação da saúde física e mental dos colaboradores, nessa pandemia sem precedentes, iniciaram nas primeiras notificações.
Mantivemos forte comunicação interna de orientações sobre a doença, com apoio técnico de nosso médico do trabalho, bem como ações de proteção individual e coletiva.
As nossas ações de envolvimento dos colaboradores foram mantidas, como comemorar os aniversariantes do mês, dia das mães etc. A adaptação foi bem rápida, pois já havia um comprometimento da empresa com esses eventos.
Nas possíveis funções adotamos o home office e revezamentos, banco de horas e férias. Nada diferente da grande maioria. O detalhe é que toda a liderança ficou no front, demonstrando que faz parte do time e que os cuidados tomados eram os mais eficientes possíveis, para que pudéssemos operar com segurança.
Isso demonstrou que essa crise vem nos ensinar e nos ajudar a aprimorar mais ainda nosso modelo de gestão e interconexão entre a liderança e seus times.
O aprendizado deve ser diário com cada ser humano que convivemos, abrindo espaço para a inclusão da diversidade, com respeito e muita humildade, para termos engajamento de todos numa causa nobre.
Ter um local de trabalho onde as pessoas se sintam realizadas, desafiadas, respeitadas e comprometidas com os valores será sempre um desafio para qualquer geração.
Não precisamos esperar uma crise para sermos mais solidários, engajados e saber que o ser humano sempre fará a diferença, independente de toda automação possível.